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12 de Outubro

O que observar na análise fundamentalista de ações

A análise fundamentalista ajuda a determinar o preço justo das ações de uma empresa. Para tanto, são considerados fatores micro e macroeconômicos. O objetiv...

A análise fundamentalista ajuda a determinar o preço justo das ações de uma empresa. Para tanto, são considerados fatores micro e macroeconômicos. O objetivo é compreender o valor intrínseco dos papéis, considerando as perspectivas do negócio num cenário futuro, para além das oscilações imediatas do mercado.

Essa metodologia consiste num estudo aprofundado não só da organização, como também da conjuntura social e política que a envolve. Portanto, analisar os fundamentos significa enxergar a realidade complexa da economia. A seguir, detalhamos alguns pontos aos quais você deve prestar atenção.

Principais fatores da análise fundamentalista

O cenário macroeconômico gera impacto em todas as companhias do país. Portanto, essa é a base da análise fundamentalista. Entram aí variáveis como a taxa de juros, a inflação e o índice de desemprego da população.

Esses números apontam se há poder de compra entre os consumidores. Afinal, quanto mais aquecido estiver o mercado, mais lucrativos tendem a se tornar os negócios.

Em seguida vêm os critérios microeconômicos. Esses dizem respeito à empresa em particular, ou ao segmento de atuação no qual ela está inserida. O custo dos insumos para suprir a demanda de produção, o desempenho da marca frente à concorrência e a própria gestão da companhia são alguns dos aspectos mais relevantes.

Para verificá-los, você pode recorrer a relatórios como o balanço patrimonial, o demonstrativo de resultados do exercício e o demonstrativo do fluxo de caixa. Por lei, essas informações operacionais são obrigatoriamente divulgadas, o que auxilia os investidores a escolherem as ações de melhor qualidade.

Depois vem a matemática. A partir dos documentos disponibilizados, você consegue calcular:

1. Índice P/L (Preço/Lucro): obtido com a divisão do preço da ação pelo lucro por ação (LPA). Se o resultado for baixo, em comparação a outras empresas do mesmo ramo, então o ativo está barato e pode ser atrativo para investidores.

2. Preço/Valor Patrimonial: avalia a cotação da ação por meio do patrimônio tangível da companhia. O cálculo é este: preço do ativo dividido pelo Valor Ativo Tangível (VPA), que vem do patrimônio líquido. Esse índice conservador indica o potencial da empresa para gerar bens tangíveis, desconsiderando marca, patentes e outros elementos intangíveis.

3. EBITDA: sigla para Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, às vezes traduzida para LAJIDA (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização). Mensura a produtividade e a eficiência da empresa em sua área de atuação.

4. Dividend Yield (DY): trata-se do dividendo pago nos últimos 12 meses dividido pela cotação da ação. Quanto mais alta a taxa, melhor a remuneração. Isso quer dizer que papéis com um bom histórico de DY rendem proventos satisfatórios.

5. Retorno sobre Investimento (ROE): em inglês, Return on Equity. É o lucro líquido dividido pelo capital social. Seu valor ilustra a capacidade de a organização gerar riqueza com o investimento recebido. Ou seja: estamos falando de mais um indicador de eficiência para balizar a análise fundamentalista.

 

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