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01 de Dezembro

Por que o varejo cresceu tanto durante a crise?

O ano de 2020 abalou a economia. Com o fechamento de lojas, o cancelamento de eventos e a imposição do distanciamento social, em decorrência da Covid-19, muitos setores foram af...

O ano de 2020 abalou a economia. Com o fechamento de lojas, o cancelamento de eventos e a imposição do distanciamento social, em decorrência da Covid-19, muitos setores foram afetados. Porém, algumas empresas do varejo conseguiram não só contornar a crise, como ganhar mais visibilidade.

Fato é que as prioridades do público mudaram, mas o consumo continuou. Assim, saiu na frente quem conseguiu enxergar as necessidades atuais e se adaptar ao cenário. É disso que vamos falar no artigo de hoje.

Comunicação salvou varejo durante a pandemia de Covid-19

Reportagem do Valor Econômico mostra como ajustes na comunicação foram essenciais para aproximar varejistas e consumidores. No caso do Mercado Livre, maior shopping on-line brasileiro, as verbas publicitárias aumentaram 120% no segundo semestre. Além disso, o aperto de mão do logotipo foi substituído pelo toque de dois cotovelos. Trata-se de um cumprimento mais seguro, condizente com os dias atuais.

Para o Magazine Luiza, a assistente virtual Lu se tornou uma importante fonte de coleta de informações. É que muitos usuários conversam com a personagem como se fosse uma pessoa real.

Com base nos dados, a marca soube do aumento de episódios de violência doméstica durante a quarentena. Então, o aplicativo de vendas passou a oferecer a opção de ligar para o 180, número que recebe denúncias de agressão contra a mulher.

As estratégias de branding serviram para fidelizar a clientela mesmo durante a crise. E vale lembrar que a base de consumidores para ambas as companhias é gigante. O Mercado Livre responde por 37% do comércio eletrônico no país, enquanto o Magalu abocanha cerca de 20%, com 20 milhões de clientes ativos.

Porém, não foi apenas o marketing que resultou nesse sucesso. As parcerias comerciais com pequenos empreendedores também contribuíram bastante. Essas plataformas servem de balcão virtual para lojistas e pessoas físicas que queiram vender. E, durante a pandemia, a comissão sobre as vendas foi zerada.

Resultado: o Mercado Livre atraiu 71 mil novos comerciantes para o ambiente on-line. Na bolsa, ultrapassou a Petrobras e a Vale, atingindo o topo do ranking de empresas mais valorizadas da América Latina. O pico foi em agosto: US$ 60,6 bilhões em valor de mercado.

O Magazine Luiza, igualmente, comemora. Os vendedores cresceram sete vezes na plataforma, do primeiro para o segundo semestre.

Setores que mais se destacaram na crise

Realmente, o comércio on-line ajuda a explicar como o varejo atravessou a crise de 2020. Se antes o e-commerce se limitava a eletrônicos ou itens supérfluos, agora os brasileiros fazem até as compras de primeira necessidade via internet.

De acordo com o Sebrae, merecem destaque o setor farmacêutico e os supermercados. Os consumidores também recorreram mais ao delivery de lanches, marmitas e até bebidas alcoólicas, já que os bares fecharam.

Ainda na lista de segmentos que cresceram durante a crise do coronavírus, entram os equipamentos de informática, os móveis de escritório, os artigos fitness e os produtos para pet. Fácil entender por quê: passando mais tempo em casa, muita gente teve que equipar o home office, montar uma miniacademia caseira e, claro, encontrar novas distrações para os animais de estimação.E os seus negócios, como enfrentaram a crise? 

 

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